Falando de consciência racial com os filhos

 

Como falar com crianças sobre consciência racial

Ensinar a não "ver" raça, na verdade, não é a melhor abordagem para criar crianças não preconceituosas.

Por Erin Winkler 

Os adultos muitas vezes pensam que devem evitar conversar com as crianças sobre raça ou racismo porque fazer isso faria com que elas notassem a existência da raça ou se tornassem racistas. Na verdade, o oposto é verdadeiro.

Quando os adultos se silenciam sobre a raça ou usam a retórica de não serem influenciados pela desigualdade racial, eles na verdade reforçam o preconceito racial nas crianças. Desde muito jovens, as crianças veem padrões — quem parece viver onde; quais tipos de casas existem em diferentes bairros; quem é o protagonista dos filmes; quem tem os cargos mais importantes no hospital, na escola, no supermercado; e assim por diante — e tentam atribuir regras para explicar o que veem. O silêncio dos adultos sobre esses padrões e o racismo estrutural que os causa, combinado com a narrativa falsa, mas onipresente, de que qualquer um pode subir na vida trabalhando duro, resulta em crianças tirando como conclusão que os padrões que elas veem devem ter sido causados por diferenças inerentes entre os grupos. Em outras palavras, as crianças podem deduzir que as desigualdades raciais que veem são naturais e justificadas.

Quando os adultos se silenciam sobre a raça ou usam a retórica de não serem influenciados pela desigualdade racial, eles na verdade reforçam o preconceito racial nas crianças.

Desde muito jovens, as crianças veem padrões — quem parece viver onde; quais tipos de casas existem em diferentes bairros; quem é o protagonista dos filmes; quem tem os cargos mais importantes no hospital, na escola, no supermercado; e assim por diante — e tentam atribuir "regras" para explicar o que veem.

O silêncio dos adultos sobre esses padrões e o racismo estrutural que os causa, combinado com a narrativa falsa, mas onipresente, de que qualquer um pode "subir na vida" trabalhando duro, resulta em crianças tirando como conclusão que os padrões que elas veem "devem ter sido causados por diferenças inerentes entre os grupos"

Em outras palavras, as crianças podem deduzir que as desigualdades raciais que veem são naturais e justificadas.

Além disso, o comportamento dos adultos — por exemplo, dizendo: Isso não é legal ou não falamos sobre isso – quando uma criança faz uma pergunta sobre a cor da pele de alguém, muitas vezes ensina às crianças que elas nunca devem falar sobre raça, deixando-as que tirem suas próprias conclusões. Então, ainda que as intenções possam ser boas, quando deixamos de falar abertamente com nossos filhos sobre a desigualdade racial em nossa sociedade, de fato contribuímos para o desenvolvimento de seus preconceitos raciais, que são estabelecidos entre os 3 e 5 anos de idade3.

Além disso, o comportamento dos adultos — por exemplo, dizendo: "Isso não é legal" ou "Não falamos sobre isso" – quando uma criança faz uma pergunta sobre a cor da pele de alguém, muitas vezes ensina às crianças que elas nunca devem falar sobre raça, deixando-as que tirem suas próprias conclusões.

Então, ainda que as intenções possam ser boas, quando deixamos de falar abertamente com nossos filhos sobre a desigualdade racial em nossa sociedade, de fato contribuímos para o desenvolvimento de seus preconceitos raciais, que são estabelecidos entre os 3 e 5 anos de idade.

Então, o que você deve fazer? Como conversar com as crianças sobre coisas complexas como o racismo sistêmico e a desigualdade social? Os detalhes vão variar conforme a idade, a identidade racial e o contexto social do seu filho, mas há várias coisas que todos os adultos podem fazer. 

1. Primeiro, esteja confortável conversando e aprendendo sobre raça, racismo e desigualdade racial. Ponto.

Se você não é capaz de explicar a outro adulto por que padrões de desigualdade racial existem e persistem, será impossível explicar a uma criança de quatro anos de uma maneira adequada à sua idade. Ou seja, primeiro os adultos têm que entender completamente esses conceitos. Se você não tem ensinado essas coisas a seus filhos, certamente não é culpa sua, mas é sua responsabilidade se esforçar para aprender mais agora. Se você não está acostumado a pensar e a falar sobre esse assunto na sua vida cotidiana, tente fazer um esforço.

Se você não é capaz de explicar a outro adulto por que padrões de desigualdade racial existem e persistem, será impossível explicar a uma criança de quatro anos de uma maneira adequada à sua idade.

Ou seja, primeiro os adultos têm que entender completamente esses conceitos.

Se você não tem ensinado essas coisas a seus filhos, certamente não é culpa sua, mas é sua responsabilidade se esforçar para aprender mais agora. Se você não está acostumado a pensar e a falar sobre esse assunto na sua vida cotidiana, tente fazer um esforço. 

2. Faça perguntas.

Se uma criança fizer uma afirmação que pareça racialmente tendenciosa, tente entender seu processo de pensamento em vez de reprimi-la. Perguntar: Hummm, o que faz você pensar isso? ajudará a entender a origem de suas ideias. Por exemplo, se uma criança negra diz: Eu quero ser branca, você pode presumir que ela está rejeitando seu próprio patrimônio racial ou cultural. No entanto, se você perguntar: O que te levou a dizer isso? pode descobrir que a criança quer ser médica, e, como ela só vê médicos brancos, presumiu que deve ser branca para ter essa profissão. Depois de entender o processo de pensamento por trás da declaração da criança, você pode trabalhar para mudar sua percepção, no nosso exemplo, pesquisando por médicos negros em sua própria comunidade para que a criança os conheça, ou encontrando representações de médicos negros na mídia. Se for difícil encontrar essas imagens, você pode empregar o próximo método — usando o conceito de justiça e igualdade — para conversar com seu filho sobre o motivo dessas imagens serem difíceis de encontrar.

Se uma criança fizer uma afirmação que pareça racialmente tendenciosa, tente entender seu processo de pensamento em vez de reprimi-la. Perguntar: "Hummm, o que faz você pensar isso?" ajudará a entender a origem de suas ideias.

Por exemplo, se uma criança negra diz: "Eu quero ser branca", você pode presumir que ela está rejeitando seu próprio patrimônio racial ou cultural. No entanto, se você perguntar: "O que te levou a dizer isso?", pode descobrir que a criança quer ser médica, e, como ela só vê médicos brancos, presumiu que deve ser branca para ter essa profissão.

Depois de entender o processo de pensamento por trás da declaração da criança, você pode trabalhar para mudar sua percepção, no nosso exemplo, pesquisando por médicos negros em sua própria comunidade para que a criança os conheça, ou encontrando representações de médicos negros na mídia.

Se for difícil encontrar essas imagens, você pode empregar o próximo método — usando o conceito de justiça e igualdade — para conversar com seu filho sobre o motivo dessas imagens serem difíceis de encontrar. 

3. Use o conceito de igualdade e justiça.

Quem passa tempo com crianças regularmente, sabe que elas são muito sensíveis a questões do que é justo e injusto. Você pode aproveitar esse senso de justiça para ajudar a explicar que os padrões que elas veem são injustos, bem como envolver seus filhos na tentativa de corrigir esses erros. As crianças já estão percebendo padrões no mundo ao seu redor, e essa é a oportunidade de ajudá-las a pensar de forma crítica sobre o que estão vendo, em vez de aceitar essas coisas como dadas. Aponte as coisas cotidianas que o deixam chateado porque são injustas — por exemplo, que você não vê crianças negras o suficiente nos livros infantis na biblioteca — e converse com as crianças sobre o motivo de você achar que essas coisas são injustas. Mas não seria responsável de nossa parte conversarmos com as crianças sobre injustiça sem fornecer esperança e um caminho a seguir, o que nos leva a...

Quem passa tempo com crianças regularmente, sabe que elas são muito sensíveis a questões do que é justo e injusto. Você pode aproveitar esse senso de justiça para ajudar a explicar que os padrões que elas veem são injustos, bem como envolver seus filhos na tentativa de corrigir esses erros. As crianças já estão percebendo padrões no mundo ao seu redor, e essa é a oportunidade de ajudá-las a pensar de forma crítica sobre o que estão vendo, em vez de aceitar essas coisas como "dadas".

Aponte as coisas cotidianas que o deixam chateado porque são injustas — por exemplo, que você não vê crianças negras o suficiente nos livros infantis na biblioteca — e converse com as crianças sobre o motivo de você achar que essas coisas são injustas. Mas não seria responsável de nossa parte conversarmos com as crianças sobre injustiça sem fornecer esperança e um caminho a seguir, o que nos leva a... 

4. Capacitar!

Procure ativamente por modelos antirracistas em sua comunidade e na sociedade em geral e exponha as crianças a esses modelos. Mostre às crianças que, enquanto enfrentamos problemas preocupantes como sociedade, existem (e sempre existiram) pessoas e organizações que trabalham para fazer mudanças positivas todos os dias. Mostre às crianças que elas também podem ajudar. Continuando o exemplo acima — que os personagens não brancos são lamentavelmente sub-representados ou mal representados na literatura infantil4 —, você e seus filhos podem trabalhar com outras famílias em sua comunidade para reunir uma lista de livros que vocês gostariam de pedir que sua biblioteca local comprasse e incluísse, e talvez trabalhar com a biblioteca para tornar isso parte de uma programação mais ampla e esforços de arrecadação. Se embarcar em algo assim parece assustador, procure organizações em sua comunidade que já estejam fazendo trabalhos de justiça social antirracistas (por exemplo, onde eu moro, nos EUA, a coalizão Rid Racism Milwaukee possui uma longa lista de organizações que apoiam iniciativas/serviços antirracismo, muitas das quais recebem a participação de crianças — busque listas similares na sua área).

Procure ativamente por modelos antirracistas em sua comunidade e na sociedade em geral e exponha as crianças a esses modelos. Mostre às crianças que, enquanto enfrentamos problemas preocupantes como sociedade, existem (e sempre existiram) pessoas e organizações que trabalham para fazer mudanças positivas todos os dias. Mostre às crianças que elas também podem ajudar.

Continuando o exemplo acima — que os personagens não brancos são lamentavelmente sub-representados ou mal representados na literatura infantil —, você e seus filhos podem trabalhar com outras famílias em sua comunidade para reunir uma lista de livros que vocês gostariam de pedir que sua biblioteca local comprasse e incluísse, e talvez trabalhar com a biblioteca para tornar isso parte de uma programação mais ampla e esforços de arrecadação.

Se embarcar em algo assim parece assustador, procure organizações em sua comunidade que já estejam fazendo trabalhos de justiça social antirracistas (por exemplo, onde eu moro, nos EUA, a coalizão Rid Racism Milwaukee possui uma longa lista de "organizações que apoiam iniciativas/serviços antirracismo", muitas das quais recebem a participação de crianças — busque listas similares na sua área). 

5. Conecte o passado com o presente e o futuro.

Os adultos, muitas vezes, ensinam às crianças que as coisas costumavam ser realmente ruins, mas que Martin Luther King, Rosa Parks e outros heróis dos direitos civis (no caso dos EUA) trabalharam duro para mudar as coisas e que temos sorte de o mundo não ser como era antigamente. Embora não intencional, a lição para as crianças pode ser a de que todas as injustiças raciais remanescentes que elas veem devem ser resultado das próprias ações dos indivíduos, já que King, Parks e outras pessoas consertaram o racismo. Como podemos ajudar as crianças a entenderem como as desigualdades raciais podem existir mesmo depois que as leis foram alteradas e o progresso foi feito? Uma maneira de ajudar as crianças a entenderem essa questão complexa de racismo sistêmico é usar a atividade de teia de aranha. Dê às crianças novelos de linha e peça para que se movam pela sala desenrolando seus novelos para criar uma teia bem emaranhada. Assim que terminarem, peça a elas para desembaraçar as linhas. Logo elas perceberão que é muito mais difícil desembaraçar a teia do que foi criá-la. Em seguida, explique que trabalhar para tornar a sociedade justa é muito parecido com desembaraçar uma teia. A injustiça em nosso país vem sendo embaraçada há muito tempo — antes de seus pais nascerem, antes de seus avós nascerem, antes dos avós dos seus avós nascerem —, e mesmo que os heróis da justiça social tenham feito muito para desembaraçar todos esses nós, ainda assim há muito caminho pela frente. Mas que podemos contribuir para a situação melhorar! Claro, você precisará explicar a eles que a injustiça em nosso país demorará mais para ser desembaraçada do que a teia de aranha que fizeram, mas, assim como com sua teia de aranha, são os atos de justiça social cotidianos que ajudarão a desembaraçar essa questão ao longo do tempo.

Os adultos, muitas vezes, ensinam às crianças que as coisas costumavam ser realmente ruins, mas que Martin Luther King, Rosa Parks e outros heróis dos direitos civis (no caso dos EUA) trabalharam duro para mudar as coisas e que temos sorte de o mundo não ser como era antigamente.

Embora não intencional, a lição para as crianças pode ser a de que todas as injustiças raciais remanescentes que elas veem devem ser resultado das próprias ações dos indivíduos, já que King, Parks e outras pessoas "consertaram" o racismo. Como podemos ajudar as crianças a entenderem como as desigualdades raciais podem existir mesmo depois que as leis foram alteradas e o progresso foi feito?

Uma maneira de ajudar as crianças a entenderem essa questão complexa de racismo sistêmico é usar a atividade de "teia de aranha". Dê às crianças novelos de linha e peça para que se movam pela sala desenrolando seus novelos para criar uma teia bem emaranhada. Assim que terminarem, peça a elas para desembaraçar as linhas. Logo elas perceberão que é muito mais difícil desembaraçar a teia do que foi criá-la. Em seguida, explique que trabalhar para tornar a sociedade justa é muito parecido com desembaraçar uma teia.

A injustiça em nosso país vem sendo embaraçada há muito tempo — antes de seus pais nascerem, antes de seus avós nascerem, antes dos avós dos seus avós nascerem —, e mesmo que os heróis da justiça social tenham feito muito para desembaraçar todos esses nós, ainda assim há muito caminho pela frente. Mas que podemos contribuir para a situação melhorar!

Claro, você precisará explicar a eles que a injustiça em nosso país demorará mais para ser desembaraçada do que a teia de aranha que fizeram, mas, assim como com sua teia de aranha, são os atos de justiça social cotidianos que ajudarão a desembaraçar essa questão ao longo do tempo. 

6. Incentive comportamentos pelo exemplo.

Como você provavelmente já sabe, as crianças raramente compram a ideia Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Se você diz que algo é importante, mas seus filhos não veem você se comportar de acordo com sua afirmação, eles sabem que, na verdade, isso não é muito importante para você. Por exemplo, se você diz que é importante ter um grupo diversificado de amigos, mas seus filhos não veem um grupo diversificado de pessoas indo à sua casa, eles sabem que você não está fazendo disso uma prioridade na sua vida, então por que eles deveriam fazer? Isso também vale para coisas como escolher consumir meios de comunicação que contestam estereótipos raciais ou se posicionar contra as injustiças raciais. Podemos dizer às crianças que essas coisas são importantes, mas também devemos ser um exemplo de comportamento para elas. Uma maneira de fazer isso é reconhecer questões de raça e racismo de maneira direta, reflexiva e respeitosa. Você também pode mostrar que é bom não ter todas as respostas o tempo todo; se eles lhe fizerem uma pergunta sobre raça, racismo ou injustiças racializadas que você não tem certeza como responder, diga-lhes que você acha que essa é uma excelente pergunta e que é algo que você também deseja entender melhor. Então, dependendo da idade deles, você pode pesquisar a pergunta e voltar com suas descobertas mais tarde, ou vocês podem pesquisar juntos. De qualquer maneira, você está incentivando um envolvimento aberto, reflexivo e respeitoso de problemas difíceis, em vez de encerrar a conversa.

Como você provavelmente já sabe, as crianças raramente compram a ideia "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Se você diz que algo é importante, mas seus filhos não veem você se comportar de acordo com sua afirmação, eles sabem que, na verdade, isso não é muito importante para você.

Por exemplo, se você diz que é importante ter um grupo diversificado de amigos, mas seus filhos não veem um grupo diversificado de pessoas indo à sua casa, eles sabem que você não está fazendo disso uma prioridade na sua vida, então por que eles deveriam fazer?

Isso também vale para coisas como escolher consumir meios de comunicação que contestam estereótipos raciais ou se posicionar contra as injustiças raciais.

Podemos dizer às crianças que essas coisas são importantes, mas também devemos ser um exemplo de comportamento para elas. Uma maneira de fazer isso é reconhecer questões de raça e racismo de maneira direta, reflexiva e respeitosa.

Você também pode mostrar que é bom não ter todas as respostas o tempo todo; se eles lhe fizerem uma pergunta sobre raça, racismo ou injustiças racializadas que você não tem certeza como responder, diga-lhes que você acha que essa é uma excelente pergunta e que é algo que você também deseja entender melhor.

Então, dependendo da idade deles, você pode pesquisar a pergunta e voltar com suas descobertas mais tarde, ou vocês podem pesquisar juntos. De qualquer maneira, você está incentivando um envolvimento aberto, reflexivo e respeitoso de problemas difíceis, em vez de encerrar a conversa. 

7. Incentive o pensamento complexo e crítico.

Crianças muito jovens são propensas a algo que os psicólogos do desenvolvimento chamam de raciocínio transdutivo, o que as leva a pensar que, se as pessoas são semelhantes de uma maneira (por exemplo, cor da pele), elas devem ser semelhantes de outras maneiras (por exemplo, habilidades). Isso pode levar a pensamentos como: Eu tenho a pele negra e eu sou bom em colorir, por isso ser negra torna as pessoas boas em colorir. É fácil ver como esse padrão de pensamento pode levar a uma tendência racial, por isso é importante interromper esse processo ensinando as crianças a pensarem de maneiras mais complexas. Na verdade, quando as crianças são ensinadas a prestarem atenção a vários atributos de uma pessoa ao mesmo tempo, seus níveis de preconceito são reduzidos6. Então, ajude seu filho a pensar nas pessoas em várias dimensões. Eles têm um parente ou amigo com quem compartilham o mesmo tom de pele ou identidade racial, mas que gosta de coisas diferentes das que eles gostam? Eles têm um parente ou amigo que tem um tom de pele ou identidade racial diferente da deles, mas que gosta das mesmas coisas que eles gostam? Incentivar seu filho a pensar nas pessoas como multidimensionais pode ajudar a reduzir o preconceito.

Crianças muito jovens são propensas a algo que os psicólogos do desenvolvimento chamam de "raciocínio transdutivo", o que as leva a pensar que, se as pessoas são semelhantes de uma maneira (por exemplo, cor da pele), elas devem ser semelhantes de outras maneiras (por exemplo, habilidades).

Isso pode levar a pensamentos como: "Eu tenho a pele negra e eu sou bom em colorir, por isso ser negra torna as pessoas boas em colorir". É fácil ver como esse padrão de pensamento pode levar a uma tendência racial, por isso é importante interromper esse processo ensinando as crianças a pensarem de maneiras mais complexas.

Na verdade, quando as crianças são ensinadas a prestarem atenção a vários atributos de uma pessoa ao mesmo tempo, seus níveis de preconceito são reduzidos. 

Então, ajude seu filho a pensar nas pessoas em várias dimensões. Eles têm um parente ou amigo com quem compartilham o mesmo tom de pele ou identidade racial, mas que gosta de coisas diferentes das que eles gostam? Eles têm um parente ou amigo que tem um tom de pele ou identidade racial diferente da deles, mas que gosta das mesmas coisas que eles gostam?

Incentivar seu filho a pensar nas pessoas como multidimensionais pode ajudar a reduzir o preconceito. 

Erin N. Winkler é professora-adjunta de Africologia e Estudos Urbanos na Universidade de Wisconsin-Milwaukee (EUA), onde também atuou nos conselhos deliberativos de Estudos Infantis e Adolescentes; Estudos Étnicos; e Estudos da América Latina, Caribe e Latino dos EUA; e é professora-adjunta em Estudos das Mulheres. 

Fontes:

https://www.buzzfeed.com/erinwinkler/como-criar-os-filhos-sem-preconceito-racial?utm_term=.afDdeNnbPo#.oomrV7452Z 

https://www.buzzfeed.com/erinwinkler/tips-for-talking-to-children-about-race-and-racism?utm_term=.uu1Nw2rDB5#.fa0zxN6K1y

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